quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Anais: Autárquicas 2017 - a lista vencedora...

Com uma representativa maioria absoluta, a lista do CDS venceu as eleições.

Analisando a expressividade dos números, no que concerne ao crescimento do CDS-PP, é irrefutável o facto deste partido reunir o consenso da freguesia.

Contudo, talvez seja mais rigoroso dizer-se que Arlindo Moreira venceu as “autárquicas 2017” com uma folgada maioria absoluta, arrecadando mais de ¾ dos votos.

Esta situação não deixa de ser caricata, por dois motivos.

Em primeiro lugar, Arlindo Moreira não representa uma continuidade política, mas antes uma cisão. Ou seja, “virou a casaca” (na expressão popular). Curiosamente, ao invés daquilo que sucede na maior parte dos casos, o povo gostou desta deslealdade do “presidente” à força política que o elegeu no anterior mandato. Logo no início do anterior mandado, o Presidente cedeu politicamente ao assédio da força política que detinha a Câmara Municipal. Diga-se, em abono da verdade, que se trata de uma forma grave de infidelidade àqueles que nele confiaram.

Nessa linha de raciocínio, quem trai uma vez trairá sempre, se para isso tiver oportunidade. Daí que seja difícil explicar a escolha de 76% dos eleitores de Anais que votaram em Arlindo Moreira.

Em segundo lugar, há um outro facto importante a esgrimir: Anais não viu grande progresso durante o anterior mandato do actual Presidente reeleito.

Aliás, após a dissidência e a cisão com os restantes membros do Executivo Autárquico, o ritmo progressivo de melhorias da freguesia entrou em fase decrescente. Por certo isto explica-se pelo simples facto de que as iniciativas, as ideias e linhas orientadoras da política da Junta de Freguesia não eram do patrocínio do Presidente Arlindo, mas antes dos demais elementos do executivo. Zangaram-se, logo as ideias escassearam.

Acresce ainda o facto de que o novo Executivo Autárquico, agora eleito, não apresenta uma equipa de tão notável aptidão para o cargo que justifique tão faustosa vitória. Talvez a estratégia seja o recurso à influência das amizades e proximidade com a Câmara Municipal, ou seja uma política de afectos e favores. 

Por incrível que pareça, isto ainda funciona assim. E, com o beneplácito do povo eleitor, está para durar …

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