Em tempos idos, mas não muito longínquos, a sabedoria popular incluía alguns prognósticos
sobre a vida económica da população.
Numa sociedade eminentemente rural, a abastança das
colheitas era a maior preocupação.
Rezava a sabedoria dos nossos antepassados que no dia de São
Vicente Ferrer, dia 5 de Abril, se vaticinava a produção de vinho, desse ano.
Assim, se nesse dia chovesse, “não
haveria vinho”; se, pelo contrário, estivesse bom tempo, seria “um ano farto de vinho”.
Curiosamente, hoje, dia de S. Vicente Ferrer, não choveu!
A propósito:
S. Vicente
Ferrer viveu nos tempos difíceis do cisma
na Igreja do Ocidente, que resultou na existência de dois Papas: um em Avignon
(França) e outro em Roma.
Após o conclave que elegeu Urbano VI como Papa, os cardeais
declaram inválida a eleição e escolheram Roberto de Genebra que tomou o nome de
Clemente VII. Assim, Urbano VI manteve-se como Papa, em Roma, e Clemente VII
exerceu o pontificado a partir de Avignon. Os Papas que, neste período,
exerceram o seu pontificado em Roma ficaram conhecidos por “Papa” e aquelas que
exerceram o papado fora de Roma (em Avignon ou em Pisa), ficaram conhecidos
como “anti-Papa”.
Portugal manteve-se fiel ao Papa (de Roma).
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